sábado, 26 de setembro de 2009

Em defesa do Encontro das Águas


O Encontro das Águas dos Rios Negro e Solimões é uma das maravilhas naturais da Amazônia, do Brasil e do mundo. Este ícone é reconhecido como patrimônio local da humanidade, devendo ser preservado para que os povos da Amazônia no presente e no futuro desfrutem das riquezas naturais e humanas dessa paisagem. Este patrimônio é protegido pela Constituição Federal e pela Constituição do Estado do Amazonas por ser um Bem cultural paisagístico e simbólico, representativo da Amazônia e de seus povos.
Este símbolo de Manaus está sendo ameaçado pelo terminal portuário Porto das Lajes que está na iminência de ser construído na confluência do Encontro das Águas do Rio Negro com Solimões, à margem esquerda do Rio Amazonas, na foz do Lago do Aleixo, nas vizinhanças da Reserva Particular de Patrimônio Natural Nossa Senhora das Lajes, do Pólo Industrial de Manaus e das comunidades do Bairro Colônia Antonio Aleixo. Nesta área, pretende-se construir o mirante do Encontro das Águas, projeto da Prefeitura assinado por Oscar Niemeyer e implantar também o Programa Água para Manaus, que visa à captação e tratamento de água para abastecimento de 500 mil pessoas, com recursos do Governo Federal.
O mega-projeto do terminal portuário irá construir um pátio com mais de 100 mil metros quadrados de área, com capacidade para atender 250 mil unidades de contêiner, prejudicando a qualidade de vida futura de Manaus, pois irá degradar nosso principal ponto turístico, destruindo também, uma bela área de lazer da população e afetando a qualidade da água no ponto de captação a ser construído, além de destruir o recurso pesqueiro da Comunidade da Colônia Antônio Aleixo e da circunvizinhança.

É uma vergonha que um estado com o nosso compactue com tamanha destruição de parte das nossas riquezas naturais que são importantes para nosso habitat e das comunidades que ali vivem e dependem dos recursos naturais.

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